
Recentemente, investidores brasileiros e internacionais assinaram uma carta aberta pedindo ao governo brasileiro uma retomada econômica mais atenta aos cuidados com as questões relacionadas ao meio ambiente. Para a sócia de consultoria em ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) da KPMG, Eliete Martins, a pandemia da covid-19 mostrou como as organizações estão diretamente conectadas com a sociedade e que as ações que já vinham sendo desenvolvidas com relação à implementação de práticas ambientais, sociais e de governança agora passam a ser vistas com maior senso de urgência.
“As empresas estão sendo demandadas a gerenciar de perto capital social e humano e revisitar as estratégias para incorporar o verdadeiro compromisso com as questões ESG para a geração de valor do negócio. Fica cada vez mais evidente a necessidade dos conselhos de administração e executivos incorporem nas estratégias e práticas de governança corporativa a responsabilidade por adotarem práticas ESG efetivas perante a empresa e a sociedade”, analisa.
Segundo o sócio-diretor de consultoria em ESG da KPMG, Ricardo Zibas, em um mundo em que as expectativas da sociedade com relação às empresas são crescentes, a incorporação dos aspectos ESG ganha cada vez mais importância e vantagem competitiva nas organizações.
“Mais importante que olhar apenas para os impactos da covid-19 nos negócios, é entender as consequências desta pandemia em toda a sociedade. A crise afeta quase todos os objetivos de desenvolvimento sustentável, da ONU, pois além de atingir diretamente a saúde da população e a disponibilidade dos serviços, em pouco tempo impactará também no aumento da pobreza e da desigualdade social, e na escassez de recursos investidos em aspectos socioambientais. Espera-se, portanto, como cenário pós covid-19, que as organizações sustentem uma cultura de maior empatia e responsabilização com os aspectos sócio ambientais considerados crônicos no mundo”, conclui.
Fonte: SEGS.