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Apesar dos avanços nos últimos anos, os leitos complementares (UTI e de cuidados intermediários) do Estado do Amazonas permanecem concentrados no município de Manaus, capital do Estado. No processo de regionalização, a cidade funciona como macrorregião de saúde, recebendo pacientes de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar dos demais 61 municípios integrantes das nove Regiões de Saúde, evidenciando o vazio assistencial para algumas especialidades e a necessidade de investimento que garanta o acesso e resolutividade nas regiões mais distantes.
Considerando este cenário, a Secretaria de Assistência do Interior da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM), vem trabalhando constantemente na perspectiva de descentralização de serviços e melhoria da oferta de especialidades em cinco municípios prioritários no Interior do Estado, em que Tefé se encontra incluído nesta prioridade.
Localizado a 523 km da capital amazonense, o município possui apenas dois hospitais, com destaque para o Hospital Regional de Tefé (HRT/AM), que atende às demandas do SUS. A Gerência de Enfermagem do Hospital está sob gestão da enfermeira Laís D’Ávila Moriz Araújo, 29 anos, que apresenta o território como: “município Pólo referente ao municípios adjacentes do Médio Rio Solimões e Afluentes, que apresenta uma infraestrutura deficiente, porém, em constante melhoria, tendo acesso aéreo e fluvial”, mas que ainda sim “tem um acesso aéreo restrito, pois, não são todos os dias que se tem voo comercial, assim como o acesso fluvial depende o tempo da estiagem, limitando a entrada das embarcações”, realidade esta que pode dificultar a chegada de investimentos e insumos.
Este cenário de dificuldade não é restrito apenas ao momento de crise sanitária. Como Laís aponta, o território sempre enfrentou desafios referente a deficiência de estrutura física/quantitativos de leitos e a dificuldade de contratações de profissionais da saúde. “Contudo, com a COVID-19, estruturalmente, muitas mudanças ocorreram, onde a unidade está mais preparada e equipada, conseguindo manter a ampliação de mais 67 leitos, assim como do quadro de profissionais que, atualmente, segue mais que dobrada”, diz Laís. Ainda com este cenário de melhoria, em virtude dos esforços deste projeto, a gestora destaca que como em outros municípios do estado, “[Tefé] ainda sofre com a pandemia em questão de insumos e a contratação de profissionais especialistas na área da saúde”.
Laércio Damião Soares Lopes, especialista em Gestão de Pessoas e Diretor Geral do Hospital, também relatou a importância dos equipamentos no cuidado de pacientes hospitalizados. “A doação realizada contemplou o Hospital Regional de Tefé com duas unidades de leitos de UCI elétricos, monitores multiparâmetros, ventiladores e aspiradores, dos quais todos foram direcionados para o Sistema de Comando de Incidentes da COVID, melhorando a qualidade da assistência prestada, bem como um maior apoio aos pacientes que necessitem de suporte ventilatório e trazendo conforto e estabilidade aos pacientes classificados com quadro clínico de maior gravidade”.
Como o município já estava contemplado pela Secretaria de Saúde como um dos que receberia investimento para ampliação de sua capacidade de atendimento, o projeto de doação de leitos de UCI, atuou de forma conjunta com o setor público, apoiando na otimização do investimento dos recursos públicos, tendo como contrapartida a contratação de recursos humanos para operacionalização dos leitos.
Vale destacar que Leitos de UCI não eram uma realidade no Hospital Regional de Tefé e que as doações possibilitaram o manejo do paciente crítico: “A unidade segue mais preparada e com profissionais mais qualificados, visando uma melhora constante do serviço prestado. Tendo a perspectiva de podermos oferecer o mais perfeito atendimento”, finaliza Laís.