
Computador, material didático, itens de eletrônica e um pacote de dados para se conectar a internet. Com os kits enviados para a casa de 49 professores e estudantes de diferentes regiões do país, estava tudo pronto para começar a segunda edição da semana de Imersão STEAM & English, promovida pela Embaixada e pelos Consulados dos EUA no Brasil, em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) e apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), para integrar a língua inglesa às áreas de STEAM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática).
Realizada de 5 a 9 de outubro pela plataforma Zoom, a imersão reuniu estudantes, com idades entre 16 e 18 anos, professores de ciências e professores de inglês de escolas públicas da educação de 12 estados brasileiros: Distrito Federal, Tocantins, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. Ao longo da semana, eles tiveram a oportunidade de participar de atividades práticas, sessões plenárias e mentorias com especialistas da USP para desenvolver suas habilidades em metodologia investigativa, empreendedorismo e inovação e comunicação científica. Tudo isso aliado à proficiência em língua inglesa.
“Para quem pretende se aprofundar na área de ciência e tecnologia, atualmente a língua mais importante é o inglês, tanto para saber o que está sendo produzido mundo afora, como também para dar visibilidade ao trabalho que estamos desenvolvendo”, destacou Roseli de Deus Lopes, professora da Poli e vice-diretora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.
Selecionados pela Embaixada dos EUA durante na 18ª FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), também realizada de forma virtual, além de aprimorarem o uso da língua, durante a Imersão STEAM & English os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar seus projetos científicos em português e inglês, incluindo uma revisão detalhada do plano de pesquisa, resumo, pôster e apresentação oral do projeto.
“Eu percebi um amadurecimento muito grande em relação ao pensamento científico dos estudantes. Eles também tiveram muita autonomia para se reunir virtualmente fora de horário, fazer alterações nos trabalhos, seguir recomendações dos especialistas, questionar e desenvolver o pensamento crítico”, comentou a participante Ana Paula Ruas de Souza, professora de ciências e colega de Jefferson na ETEC Lauro Gomes.
A equipe acompanha por Ana Paula e Jefferson durante a STEAM & English desenvolveu uma pesquisa científica sobre a aplicação dos polifenóis da casca da banana verde para a produção de curativos contra infecções cutâneas. “A semana foi muito boa para amadurecer o que ainda podemos fazer com nosso projeto. Percebemos que ele realmente pode ajudar as pessoas”, contou a estudante Bianca Brilhante Simões, 17. De acordo com ela, a imersão virtual também foi um incentivo para dar continuidade ao projeto, que foi interrompido por causa da pandemia. “Nosso trabalho ficou na escola e não conseguiu terminar, mas as atividades nos estimularam a continuar.”
Como conclusão da semana de imersão, as equipes participantes também foram estimuladas a apresentar um plano de ação para melhor integrar as áreas de ciências e inglês em suas respectivas escolas e a produzir um “pitch” (apresentação rápida) em inglês para comunicar seu projeto.
A relação completa de participantes e seus projetos pode ser conferida no site da Febrace.
De Porvir – Por Marina Lopes – 13/10/2020