
A educação financeira pode ser trabalhada na educação e fora dela! Na educação básica ela tem o objetivo de permitir vivências e trabalhar com questões reais como: consumo consciente e economia sustentável.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece a educação financeira como um dos temas transversais que precisam estar no currículo brasileiro. Ela aparece de maneira explícita no currículo de matemática, no entanto, é necessário ser trabalhada em todas as áreas do conhecimento.
Muitos trabalhos no âmbito da educação já abordam essa temática agregando o empreendedorismo à educação financeira. Enquanto professora, trabalhei a disciplina com os estudantes a partir do trabalho de robótica com sucata, que visa a reciclagem e coleta de materiais eletrônicos e recicláveis para a construção de protótipos.
Assim, os materiais que não eram utilizados eram vendidos a empresas de recicláveis. Com a verba adquirida dos materiais foi realizada a compra de componentes eletrônicos para dar sequência ao projeto e torná-lo sustentável, vivenciando a importância da educação financeira, além de permitir o diálogo com a turma.
Educação financeira na prática
Para trabalhar a temática em sala de aula, existem diversas maneiras que passa por vivências como: montagem de um supermercado com a turma, diálogo sobre o consumo, relação de gastos dos estudantes e ou até jogos como o banco imobiliário, com o objetivo de permitir aos alunos aprender e experienciar situações financeiras que podem ou não afetar o orçamento e minimizar o impacto negativo. Nesse sentido, o trabalho com educação financeira deve contemplar:
- Compreender conceitos e produtos financeiros;
- Desenvolver valores e competências sobre oportunidades e riscos financeiros;
- Realizar escolhas e adotar ações que melhorem o bem-estar.
Assim, as atividades devem possuir objetivos claros, como: evitar despesas inesperadas, aproveitar melhor o seu orçamento, não realizar dívidas e aprender a equilibrar as contas, trabalhando com aspectos da dimensão social (exigir nota fiscal, acompanhar ações públicas), dimensão espacial (educar para o consumo consciente, e para ações de poupar recursos) e dimensão temporal ( planejar ações a curto, médio e longo prazo com a cultura da prevenção de gastos).
Para levar a sala de aula
Abaixo dicas de jogos que auxiliam o trabalho em sala de aula, com o foco em ações da educação financeira, ações gamificadas, raciocínio lógico e no lúdico.
Candy Crush
Conhecido pelos estudantes, traz como premissa realizar até 45 movimentos por rodada de jogo, se conseguir economizar e utilizar menos movimentos, os que foram poupados poderão servir para explodir doces e ganhar mais pontos. Com essa regra simples, dá para aprender as vantagens de guardar no presente para poder realizar mais no futuro. Saiba mais.
Tá O$$O
Lançado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), o jogo foi criado para ajudar os educadores a levarem os conceitos básicos da educação financeira para alunos do ensino fundamental e do ensino médio. Os personagens, percorrem diferentes espaços e precisam vencer obstáculos para serem bem-sucedidos em missões como fazer economia e ou descobrir para onde está indo o valor da mesada. Saiba mais.
Jogo da Vida
O jogo ensina que a vida é feita de altos e baixos e é importante estar prevenido para os diferentes acontecimentos. Em cada etapa, são apresentadas situações da vida real, como escolher uma profissão, casar, comprar uma casa, ter filhos. No final, ganha quem teve mais sorte e adotou boas estratégias para acumular mais dinheiro. Saiba mais.
Autora: Débora Garofalo.
Fonte: UOL.